Quebradeiras de Coco Babaçu discutem manejo dos babaçuais em São Luiz Gonzaga/MA

A discussão ocorreu na comunidade quilombola de Monte Alegre, durante a 24º Assembleia Geral Ordinária da Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais Quebradeiras de Coco Babaçu de São Luiz Gonzaga do Maranhão (AMTQC), ocorrida no último dia 05/07.

A Assembleia contou com a participação de 72 mulheres de 15 comunidades do município. Estiveram também presentes na assembleia, o coordenador geral da Assema, Francisco Germano de Sousa, membros da equipe técnica da Assema e coordenadoras do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB).

Como principal pauta de discussão da Assembleia, foi realizada pela assessoria técnica da Assema uma oficina sobre as boas práticas de manejo das áreas de ocorrência do babaçu, envolvendo entre os tópicos, a densidade de palmeiras e a dinâmica de população do babaçu.  Durante a oficina, as associadas visitaram uma área de pastagem próximo da comunidade e discutiram coletivamente algumas estratégias de manejo das palmeiras jovens e adultas existentes nas áreas de coleta tanto individuais quanto coletivas, de modo a melhorar a oferta de coco babaçu em áreas com maior proximidade das residências das famílias.

“Os diálogos sobre as boas práticas de manejo das áreas de ocorrência do Babaçu estão sendo realizadas pela ASSEMA mais diretamente em 45 comunidades localizadas nos municípios de Lago do Junco, Lago dos Rodrigues e Bom Lugar que integram a área do plano de manejo da Coppalj. Todavia, a exemplo dessa discussão realizada durante a assembleia da AMTQC, a Assema pretende expandir essa ação para outros municípios que tenham a ocorrência do Babaçu em sua área de atuação”, afirmou o técnico do Programa de Produção da Assema, Luiz Antônio Gusmão.

Outro assunto discutido durante a assembleia foi sobre a Lei Babaçu Livre, em vigor no município desde o ano 2001. As quebradeiras de coco chegaram à constatação de que a lei necessidade de alguns acréscimos e ajustes a serem encaminhados ao legislativo municipal, de modo que o instrumento possa de fato garantir o livre acesso aos babaçuais e a conservação da floresta de babaçu ao longo dos anos.

Além da oficina, durante a assembleia também foram realizadas a prestação de contas do primeiro semestre de 2019; informes das organizações parceiras e a apresentação de cinco novas sócias da Comunidade Monte Alegre.


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