Uma delegação da Grassroots Internacional, instituição parceira da Associação em Áreas de Assentamentos no Estado do Maranhão (ASSEMA), desembarcou no Maranhão para visitar projetos apoiados na região do Médio Mearim.
A visita ocorreu na primeira semana de abril. Entre as comunidades visitadas no estado, estão as de quebradeiras de coco babaçu de São Francisco, em Lago dos Rodrigues/MA e também a fábrica de óleo de babaçu da Cooperativa de Pequenos Produtores Agroextrativistas do Lado do Junco e Lago dos Rodrigues (COPPALJ), em Lago do Junco/MA.
A parceria da Grassroots com a ASSEMA consiste no apoio a projeto de fortalecimento institucional com foco no incentivo à cadeia produtiva do babaçu e à preservação do modo de vida das comunidades tradicionais.
“A Grassroots apoia os projetos da ASSEMA porque acredita no trabalho que faz com as quebradeiras de coco babaçu e camponeses. Trabalho de formação para pensarem seus direitos, em proteger os recursos da mãe natureza e na comercialização de produtos para melhorar a renda das mulheres e suas famílias. Acreditamos muito neste trabalho e é importante que os financiadores conheçam as comunidades, as mulheres e membros da ASSEMA, o que facilita também o entendimento sobre o país”, disse a coordenadora dos projetos para a América Latina da Grassroots, Jovanna Garcia Soto.
Antes da visita à região do Médio Mearim, a delegação da Grassroots, composta também por doadores e ativistas nos Estados Unidos, reuniu-se em São Luís com diversos movimentos sociais maranhenses com os quais já mantem parcerias e também visitou vários projetos apoiados no Maranhão. “A Grassroots tem um compromisso com os movimentos sociais no Brasil e também tem um trabalho importante de formação de doadores para que acompanhem os movimentos”, explicou Jovanna Soto.
Presente em uma das reuniões, o gestor financeiro da ASSEMA, Valdener Pereira Miranda falou sobre os trabalhos da associação, como atua e quais os desafios para que as pessoas tenham a garantia de acesso à formação e o direito à segurança alimentar e aos mercados do comércio justo e solidário. “Temos dois grandes desafios nos dias de hoje. Um é a segurança e alimentar e outro é a conquista do mercado justo e solidária que acreditamos já exista e que precisamos organizar melhor a produção e acessá-lo”, pontuou.
De acordo com a coordenadora da Grassroots, a visita da delegação ao país é também uma oportunidade dos doadores conhecerem os protagonistas das lutas sociais e aprenderem com suas experiências e ideias. “Acreditamos que os movimentos sociais são a espinha dorsal da transformação no Brasil e no mundo todo. A visita é também um meio de formação, conexão e de aprofundar o compromisso com estas pessoas”, afirmou.