Escola de Lago da Pedra ganha equipamentos para incentivo à agroecologia e sustentabilidade

  A implantação de sistemas agroflorestais (SAF´s), Casa de Vegetação e uma unidade de processamento de polpas de frutas. Estas são algumas das melhorias estruturais implementadas na Escola Família Agrícola Agostinho Romão da Silva (Efalpars), em Lago da Pedra/MA, região do Médio Mearim no Estado do Maranhão, a cerca de 300 km de São Luís.

As ações, que visam contribuir com o projeto pedagógico da escola baseado na agroecologia e sustentabilidade, fazem parte do projeto APL Babaçu, desenvolvido pela Associação em Áreas de Assentamentos no Estado do Maranhão (Assema), com apoio do Fundo Amazônia.

Graças ao projeto, a escola ganhou cinco hectares de SAF´s com plantio de espécies frutíferas e madeireiras. A Casa de Vegetação conta com sistema de irrigação e começa a produzir com finalidade de garantir alimentação de qualidade e diversificada para os alunos. A escola teve ainda toda a sua área cercada e o açude também foi ampliado.

“A unidade de processamento de polpa de frutas, a horta, o açude e as áreas de SAF são trabalhadas com os alunos como prática pedagógica, serve para o consumo da escola e ainda conseguimos comercializar para adquirir mais benefícios para a própria escola”, explica a técnica da Assema, responsável pelas ações do projeto APL Babaçu na escola, Leopoldina Alves das Neves.

A unidade de processamento de polpa de frutas, outro ganho importante para a escola com equipamentos doados pela Assema por meio do projeto, processa as frutas produzidas pelos alunos e também a produção das suas famílias. Além de servir como prática pedagógica para os estudantes, a escola está conseguindo vender o excedente das polpas no mercado local, o que tem gerado renda e possibilitado adquirir novas equipamentos para a unidade.

“A escola agrícola pra mim tem sido muito importante. Meu pai também trabalha com processamento de polpa de frutas. O que eu aprendo aqui, levo para minha casa e aplico na propriedade da minha família”, diz aluno Tiago Sena.

Criada há 19 anos, a escola oferece ensino fundamental com todas as disciplinas básicas da grade curricular, aliadas à práticas agroecológica e de sustentabilidade. Conta atualmente com 10 turmas de 18 alunos, cada, que estudam por meio do sistema de alternância. Eles permanecem 15 dias na escola e 15 dias em casa.

“As ações do projeto têm sido muito importantes para a escola, pois ajudam no conhecimento e na alimentação dos alunos. Com a produção na nossa horta, no açude e em todas as unidades, nossos alunos estão sendo bem alimentados”, afirma Vicença Alves, presidente da Associação da Escola Família Agrícola de Lago da Pedra.   

Os investimentos na Efalpars compõem a estratégia da Assema em prol do direito à soberania e segurança alimentar e nutricional, que beneficiam ainda mais duas escolas na sua área de atuação: o CEFFA Manuel Monteiro e a Escola Família Agrícola Antônio Fontenele, no município de Lago do Junco/MA.

Compartilhe

deixe seu comentário