Destruição de nascentes de rios e da vegetação nativa agridem o Médio Mearim maranhense

A derrubada de palmeiras de babaçu e da vegetação nativa, queimadas com ampliação da agricultura e pecuária extensiva, o uso de lixões a céu aberto nos municípios e o uso abusivo de agrotóxicos. Estas foram algumas das denúncias feitas por agricultores familiares durante o Seminário Regional de Meio Ambiente do Médio Mearim, realizado no dia 28 de setembro, na Escola Municipal Francisco Jovita, no município de Esperantinópolis.  

As denúncias foram entregues às autoridades municipais no documento denominado “Carta de Esperantinópolis”, assinada por um coletivo de organizações composto pela Associação em Áreas de Assentamentos no Estado do Maranhão (Assema), Coopaesp (Cooperativa de Produtores Agroextrativistas de Esperantinópolis), Coppalj (Cooperativa de Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco), ACESA, os sindicados de trabalhadores Rurais de Esperantinópolis e de Poção de Pedras, e outras.

O seminário teve como tema: “O que Comemos, Bebemos e Respiramos é Meio Ambiente” e abordou, entre as temáticas, a importância da sociobiodiversidade do babaçu, a gestão de resíduos sólidos na atualidade, Agrotóxico x Agroecologia, a destruição de nascentes de rios e outros.

Na Carta de Esperantinópolis, produtores e organizações também reafirmam que querem a valorização e a preservação do meio ambiente, assim como a valorização das práticas agroecológicas que visam a preservação dos ecossistemas da região.

“Este é um momento de atenção e de compromisso. Esperamos que os poderes públicos da região apoiem as organizações que lutam pela vida e pela preservação da sociobiodiversidade do meio ambiente”, disse o coordenador Geral da Assema, Francisco Germano, presente ao evento.   A Assema está presente na região com projetos de conservação e preservação dos babaçuais e desenvolvimento do extrativismo da cadeia do babaçu, tendo como sócias as unidades produtivas Coppalj (produtora de óleo de babaçu) e a Coopaesp (produtora de farinha de mesocarpo).

Durante o seminário também foi realizada uma exposição de produtos com princípios orgânicos, entre os quais o azeite de babaçu, farinha de mesocarpo e demais experiências ambientais.

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