Apicultura ganha força em Lima Campos e Esperantinópolis com incentivo da Assema

Ascom: Assema | Foto: Luiz Gusmão

Os municípios de Lima Campos e Esperantinópolis, vem apostando no incentivo da Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (ASSEMA) na produção de mel, na região do Médio Mearim.

Buscando aumentar a renda e fortalecer a segurança alimentar das famílias da região, atividades voltadas à agricultura de base ecológica e o extrativismo do babaçu vem sendo a solução. A criação de abelhas Apis Mellifera também é outra atividade voltada para as famílias agroextrativistas.

Em 2020, sete famílias mostraram interesse pela apicultura, duas da comunidade Potó, em Esperantinópolis e mais cinco em Lima Campos, quatro na comunidade Nova Olinda e uma na Comunidade São José dos Mouras. No mês de abril do ano passado, a ASSEMA distribuiu para cada família seis colmeias padrão, no modelo Langstroth, além de equipamentos para proteção individual e de manejo dos enxames e extração de mel.

Alguns desafios acarretaram na desistência de algumas famílias, principalmente a dificuldade na transferência dos enxames localizados no interior dos cupinzeiros ou no estipe das palmeiras de babaçu já em estado de decomposição ou a sobreposição de nichos entre a abelha Apis mellifera e a abelha nativa Oxytrigona tataira tataira, conhecida popularmente como “Tataira”, que expulsou mais de dez enxames da abelha Apis mellifera das colmeias.

O casal Sr. Rivaldo e Dona Auri, se beneficiaram das colmeias deixadas, assim reiniciaram o trabalho, hoje o casal conta com dois apiários e 22 colmeias. Na comunidade de Nova Olinda, além da jovem Adiel, com suas duas colmeias que também mostrou interesse pela apicultura.

Atualmente, três famílias das comunidades de Lima Campos estão desenvolvendo a criação da Apis mellifera. Já na comunidade de Potó, cada uma ficou com seis colmeias. Assessoradas pela ASSEMA, todos foram orientados sobre a importância das abelhas para a diversidade biológica dos ecossistemas, as boas práticas de manejo dos enxames e de colheita e extração de mel. Além disso, as pessoas sempre são alertadas sobre os riscos da atividade para evitar qualquer tipo de acidente.

A localização dos enxames e a instalação dos apiários só foi possível porque os proprietários de terras, que sempre colocaram veneno ou fogo nos enxames, para realizarem o manejo das pastagens ou o preparo da área de cultivo tradicional, passaram a comunicar às famílias dos apicultores sobre a existência de abelhas em um determinado local, para que realizassem a retirada desses enxames. “Essa atitude dos vizinhos nas comunidades em que há pessoas capacitadas em apicultura está evitando a redução desses importantes polinizadores na região e, ao mesmo tempo, contribuindo para o desenvolvimento da apicultura”, observa Luiz Antônio Gusmão.

Colheita de mel em um dos apiários localizado na comunidade de Potó em Esperantinópolis
Produção de mel incentivada pela Assema
Revisão das colmeias de um apiário da comunidade de Potó em Esperantinópolis
Transferência de abelha do estirpe de palmeira de babaçu para colemeia, na comunidade Vila Nova, em Lima Campos
Transferência de abelha Apis mellifera do estirpe de palmeira de babaçu para colmeia – comunidade Nova Olinda, em Lima Campos

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